Após o impacto da chegada deste novo inimigo invisível, é tempo de reorganizar e redefinir estratégias. De olhar para o futuro com optimismo e confiança. Se a prioridade foi a transição dos colaboradores para Home Office, agora é tempo de redefinir e consolidar estratégias, apostar na inovação e restabelecer a confiança no mundo dos negócios.
As organizações no período pós-pandemia
A tendência não será regressar ao passado mas sim fortalecer a capacidade de readaptação à nova realidade, sendo que o importante é continuar a entregar aos nossos clientes o mesmo nível de qualidade. É possível que as principais mudanças se façam sentir no modo como as empresas se irão relacionar, quer com clientes, parceiros, ou até mesmo com os seus colaboradores.
A forma de nos posicionarmos no mercado também poderá sofrer alterações. O modelo descentralizado de trabalhar e de negociar vai permitir que o mercado passe efectivamente a ser global, uma vez que iremos fazer negócio de igual modo com um cliente português ou com um cliente em qualquer parte do mundo. A transformação digital chegou a todos ao mesmo tempo e veio para ficar.
É importante continuar a inovar. A velocidade de transformação do negócio dos clientes, e do mercado, em geral, já não se coaduna com modelos fechados, exigindo uma abertura disruptiva como forma de acelerar o processo.
Qual é esta nova realidade com a qual iremos lidar?
Este ‘recomeço’ será bastante diferente daquilo a que estávamos habituados. É um facto que a Covid-19 veio impulsionar e, até mesmo, acelerar a transformação digital e, neste sentido, tornou-se essencial a capacidade de reinventar processos e apostar ainda mais na transformação digital dos negócios. Só assim será possível ultrapassar esta crise.
O desafio passa por definir e implementar medidas que permitam a adaptação a esta nova realidade, fazendo evoluir os modelos de negócio e construindo soluções que não apenas sobrevivam, mas que prosperem no novo cenário de negócios que irá advir.
Novas abordagens para lidar com o impacto da pandemia
Certamente passará por uma abordagem de cariz mais digital, quer na forma de desenvolver negócio, quer nos processos organizacionais. A tecnologia desempenhará um papel ainda mais preponderante na vida das organizações. Apesar da evolução tecnológica já registada, ainda existem entraves à acção. Apesar de sempre terem feito parte do nosso dia-a-dia, só agora, com as limitações que todos vivemos por causa da pandemia, é que realmente percebemos o quanto o digital é importante.
Qual o papel da liderança e inovação neste processo de regresso?
Todos os gestores enfrentam escolhas bastante difíceis na resposta a este novo “normal”. Numa primeira fase, focaram-se nas consequências da pandemia. Depois, em pôr em prática todos os mecanismos necessários para que as organizações se adaptassem à situação e conseguissem tirar o maior partido de tudo. Agora, é essencial focar-nos no pós-pandemia. É natural que, em tempos de crise, o foco esteja no aqui e no agora. Mas não podemos nunca perder de vista olhar para o futuro e perspectivar que caminho queremos que a organização siga. Saber antever mudanças e problemas, ser flexível, transparente e estar preparado para possíveis imprevistos é essencial. Nesta fase, em particular, é importante manter a calma e confiança no futuro. É igualmente importante apontar um caminho, mobilizar, motivar e materializar em acções cada passo.
Mais do que nos reinventarmos, teremos de nos redescobrir. De encontrar novas formas de criar valor para os nossos clientes, parceiros e colaboradores. É crucial demonstrarmos aos nossos colaboradores que, para nós, o mais importante são as pessoas e o seu bem-estar. Esta deverá ser, sempre, a premissa mais importante que irá alavancar o reposicionamento no mercado e a fluidez dos negócios.