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Actividade solitária ou autónoma – como é visto o Teletrabalho?

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De acordo com estudos publicados, a maioria das pessoas em Teletrabalho considera a experiência muito satisfatória.

A flexibilidade e autonomia na gestão das tarefas e do próprio tempo culminam neste sentimento generalizado de satisfação. Ao mesmo tempo ganhou-se em eficiência e empenho. A melhoria em termos de tempo é notória e indiscutível.

Se, por um lado os ganhos de tempo e eficiência são relevantes, por outro, há que ter em atenção o eventual factor de isolamento e a quase ausência do factor relacional, tão importante em todos os contextos.

Na Connecta temos vindo a aferir a percepção junto dos nossos colaboradores nesse sentido. Na sua globalidade, avaliam a experiência do teletrabalho como muito positiva, mantendo esta tendência sempre que possível. Quando questionados sobre os pontos menos positivos, são unânimes em identificar o factor isolamento e a falta de socialização com os colegas e chefias.

O desafio está em criar um equilíbrio saudável entre modelos. Potenciar o conforto e bem-estar, a par de uma maior predisposição para o trabalho, não descurando as relações de proximidade.

 

Espírito de equipa e coesão de grupo são essenciais em teletrabalho

O teletrabalho acarreta consequências e cabe-nos, enquanto elementos activos das organizações, garantir a coesão do grupo de trabalho, assim como o espírito de pertença, mesmo à distância.

As empresas são uniões de visões, esforços, estratégias e planeamento que visam um fim comum. Esta será uma tranjectória tanto mais sólida quanto mais fortes forem as relações humanas.

Para que o teletrabalho não se torne numa actividade solitária, é essencial manter o foco em aspectos determinantes, como:

  1. Fomentar a interacção entre os vários elementos de forma regular

Para o bem-estar de todos, é essencial que se mantenham dinâmicas de proximidade e relacionamento entre os elementos da organização. Quer seja através de meetings frequentes, trabalhos em equipa ou troca de informações. A comunicação organizacional é essencial para que se mantenha vivo o espírito de pertença e foco em objectivos comuns.

Mesmo à distância, é fundamental a existência de comunicação fluída e regular de forma a que todos se mantenham a par dos desenvolvimentos da organização.

Reuniões periódicas, previamente planeadas, ajudarão naquilo que se pretende que seja um caminho feito em conjunto, onde todos são importantes.

  1. Desenvolver novas formas de interacção

A inovação e a criatividade serão fundamentais. Particularmente à distância, manter relações activas e sólidas torna-se o desafio. O espírito de grupo, o sentimento de pertença e a coesão devem ser estimuladas através de novas abordagens e novas forma de comunicação. Embora mais desafiantes, quando alcançadas são capazes de resultar em algo muito positivo.

Conhecer a equipa, no seu todo, partilhar e recolher opiniões e expectativas, aliando uma boa dose de criatividade será sempre o caminho mais acertado para se atingir a verdadeira integração e união de grupo.

  1. Saber “olhar” para as equipas de forma mais atenta

Quando a distância passou a fazer parte do dia-a-dia das organizações, é fundamental que estas e respectivas administrações tenham a capacidade de se manter ainda mais próximas das suas pessoas. O conhecimento das reais necessidades assim como o acompanhamento de perto não apenas da actividade como das reais dificuldades. A empatia e contacto regular serão a chave para ultrapassar eventuais constrangimentos entre elementos, dirimindo o espírito de isolamento e distância que se poderá apoderar de alguns elementos.

Criar um ambiente de trabalho inclusivo e participativo será a chave para o sucesso, quer estejamos a falar de um contexto de teletrabalho ou trabalho presencial. O saber delegar, com responsabilidade e confiança será fundamental para solidificar um crescimento real. Mais do que supervisores, emerge a figura de coaches.

Criar a dinâmica de equipa, com rotinas regulares fará com que a coesão se solidifique e que todos sintam que participam e contribuem para o atingimento de objectivos comuns.

  1. Equilíbrio entre o teletrabalho e o interesse colectivo

Ainda que o teletrabalho tenha sido a solução generalizada que permitiu a continuidade da actividade, talvez o modelo híbrido venha a ser o mais adequado. Mesmo com a extraordinária ajuda da tecnologia e das novas ferramentas de comunicação, a ligação social continua a assumir um peso muito relevante e que não deverá ser descorada.

A organização continua a definir-se como um espaço colectivo, de intercâmbio, igualdade de tratamento e partilha de experiências. Não assistimos a uma revolução, mas sim a uma evolução nos modos de colaboração. O teletrabalho tenderá a assumir maior predominância, mas não será a única forma de gestão de trabalho. Até porque não será o que mais se adequará a todas as realidades, organizações e profissões.

O desafio dos novos tempos passará por privilegiar um forte sentimento de inclusão, união e comprometimento num mundo mais digital.

O melhor equilíbrio terá de ser encontrado entre as necessidades individuais, as ferramentas digitais e os interesses colectivos das organizações.

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