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Um inimigo sem rosto – o desafio dos nossos tempos

Estamos a atravessar uma situação sem precedentes e a combater um inimigo invisível.

Muitos falam em Estado de Guerra mas desta vez e ao contrário dos nossos antepassados, o inimigo do Mundo não tem cara. Pode estar em qualquer lado, em qualquer um de nós, de forma silenciosa, inócua e sem se fazer notar.

Daí a urgência e necessidade de todos sermos agentes preventivos. Temos de ser polícias de nós próprios e levar a cabo todas as recomendações das autoridades competentes.

Se, por um lado, o recatamento, isolamento e afastamento são imperiais numa política de combate, por outro, as nossas empresas precisam, dentro do possível, de manter as suas actividades laborais, sob pena de estarmos todos a contribuir para um problema sem precedentes e com consequências devastadoras para todos.

Como é que se concilia o isolamento social ao mesmo tempo que as empresas, pelo seu dever e responsabilidade social devem garantir postos de trabalho e o rendimento das famílias que delas dependem?

O que poderá ser feito num contexto simultâneo de prevenção e manutenção de actividade laboral?

Todas as recomendações do plano nacional de contingência emitido pela Direcção-Geral da Saúde e da Organização Mundial de Saúde (OMS) devem ser acatadas. É fundamental que cada um de nós assuma uma atitude responsável e altruísta, de modo a proteger-se a si e aos outros.

É uma questão de saúde pública.

Paralelamente, devemos ter em consideração algumas medidas:
  • Medidas de higiene – cada um deve ser o agente de prevenção e protecção mais activo (lavar frequentemente as mãos e desinfectar o material de trabalho, manter o distanciamento social, etc);
  • Trabalho em Open Space – deverão ser adoptadas medidas de distanciamento entre colaboradores, reduzidas ao máximo as reuniões presenciais, utilizado material de protecção individual sempre que necessário e devem manter-se as áreas de trabalho bastante arejadas e higienizadas frequentemente.
  • Horários de trabalho flexíveis e desencontrados – sempre que possível, devem ser constituídas equipas que se possam revezar de forma a garantir a actividade durante todo o período laboral habitual.
  • Ferramentas digitais – hoje em dia a comunicação não carece de ser feita de forma presencial. Dispomos de uma panóplia de ferramentas tecnológicas que nos permitem, na maioria dos casos, desenvolver as nossas actividades à distância.
  • Teletrabalho – ainda que não possa ser aplicado à generalidade das empresas, muitas são as funções que o permitem e, nestes casos, devem ser avaliadas como prioritárias.

Estas são apenas algumas recomendações, sendo que a prioritária e mais simples nos cabe a cada um de nós.

Se por um lado, temos o dever de nos proteger, a nós e aos que nos rodeiam, também é imperial que possamos, dentro do possível, continuar a desenvolver as nossas actividades profissionais. Caso contrário, estaremos a contribuir para um problema de consequências inimagináveis e que nos afectará a todos e de forma irreversível.

As nossas empresas precisam de continuar a laborar, a manutenção de facturação, com os devidos ajustamentos, é fundamental para que se possam manter todos os postos de trabalho activos e que, findo este período de guerra, com um inimigo invisível, possamos todos voltar à normalidade social.

Não esquecer: a solução para o que atravessamos está em nós próprios!

 

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